Doutrina Filosofia Umbanda

Uma Breve Opinião Pessoal sobre Patuás, Talismãs, Amuletos

Saudações fraternais queridos irmãos.

Aqui estamos para mais um post sobre um assunto muito bem conceituado dentro da Umbanda, não só dentro da Umbanda, mas de tempos imemoriais, a existência de elementos mágicos para que possamos nos proteger de interferências negativas, como olho gordo, inveja e afins.

O Culto a esses símbolos e utilização remontam tempos onde a escrita mal existia, sempre buscamos meios de afastar o mal e atrair o bem, desde tempos imemoriais, inconscientemente focamos no tocante magnético de atração e repulsão, sejam pessoas, ambientes, vibrações, sempre buscamos meios para atrair algo bom e afastar algo ruim, para isso, nossa mente complexa criou vários mecanismos para que isso acontecesse, posteriormente a isso, adquirimos o conhecimento da existência de meios mágicos no plano material que auxiliasse nessas situações, para isso, nasceram os patuás, talismãs, amuletos, desde o antigo Egito, desde Atlantis, a existência desses elementos eram essenciais.

Mas qual é o verdadeiro mecanismo por trás desses meios materiais e mágicos que nos afastam contra mal olhado, as invejas, contra energias maléficas, em contrapartida, nos ajudam a atrair a prosperidade, a pessoa amada, uma cura para as doenças do plano físico?

Hoje existem DIVERSOS amuletos mágicos para os mais diversos fins, entre eles o HAMSÁ, conhecido também como Olho de Fátima; Temos o olho grego, também conhecido como Nazar ou olho turco; As fitas de nossa senhora da aparecida, os fios de conta na Umbanda que auxiliam na proteção daquele que o utiliza, o olho de Hórus, conhecido também como Udyat, a tão famosa figa, pé de coelho;  Temos a triquetra utilizado no panteão da Bruxaria, Triskelion entre os celtas e eu poderia ficar dias aqui mencionando cada talismã e sua respectiva cultura, o que não é o escopo do texto.

Podemos observar que todas as culturas devotavam ricos simbolismos e consequentemente, suas respectivas funções e os mais variados poderes para aqueles que os utilizavam, e obviamente no panteão africano isso não seria diferente, a necessidade de enxergarmos com os olhos da carne a existência de meios que nos impedem de sermos contaminados pelo mal.

Conheço pessoas que acham os talismãs uma idiotice, mas pendura imagem de Nossa Senhora no carro, aquele monte de miçangas ou até mesmo aquelas fitinhas no carro, não seria o mesmo processo? Não seria o mesmo simbolismo? É o que eu sempre digo, irmãos, sempre é bom refletirmos sobre tudo, o meio em que vivemos é um rico espaço de aprendizado e reflexão, utilize os exemplos do cotidiano para isso, eu muitas vezes fico inconformado com pessoas que criticam o fio de conta dos umbandistas e acham que somente a fita de nossa senhora tem poder! O sentido é o mesmo não? Um meio material de proteção, independente da sua fé, o mecanismo é o mesmo: AMULETO. Outros usam o crucifixo como forma de proteção, o que pra mim dá na mesma coisa, seja você usando uma miçanga cruzado por um exú ou um crucifixo molhado na água benta, o mecanismo e o objetivo é o mesmo!

Como já exemplifiquei no post anterior, temos a necessidade de materializar o máximo que pudermos a magia, seja uma estatueta do orixá preferido em seu conga, seja a vela, o incenso, o defumador, os cristais, é imperativo OLHARMOS aquilo que não podemos conceber e mentalizar e até mesmo potencializar ou condicionar aquela magia poderosa em um simples elemento, volto a ressaltar, não estou entrando no mérito da eficiência ou poder dos amuletos e sim a nossa dependência viciante de termos que enxergar, não digo isso somente a vocês, pra mim também, pra eu fazer uma limpeza em casa, eu preciso do incenso, preciso estar com meus cristais energizados, com isso, sinto mais confiança naquilo que estou fazendo, porque de certa forma, estou enxergando o eu estou fazendo.

Mas voltando ao escopo do texto, o talismã pode ser um meio eficaz sim, mas eu sinceramente enxergo apenas como um meio de ornamentar um poder que já existe, já atua, mas precisamos lembrar que esse poder está conosco e para isso, temos que nos apropriar dos cinco sentidos. Claro que muitas pessoas utilizam apenas para ornamentação, o que também não é o escopo do assunto e sim a eficácia e o poder que muitos acreditam possuir esses elementos.

Sabemos que símbolos são meios de trazer ao plano terreno a magia espiritual, existem as mandalas que já foram comprovadas inúmeras vezes com sua eficiência, os processos do Reiki que muitos partem de visualizações, o Omitama da Mahikari que auxilia no processo de aplicação de Okiyome, para nós médiuns e trabalhadores, intermediadores entre os dois planos, é sabido que esses símbolos, elementos tem a sua parcela de poder, claro, não podemos negligenciar, mas qual o tamanho da parcela desse poder?

O objetivo desse post meus queridos, não é torna-los incrédulos, mas trazê-los à lembrança do poder realizador que todos nós temos, vejo muita gente com uma devoção sísmica aos amuletos esquecendo-se que são apenas elementos transmutadores e condensadores de energia, dependendo da forma que vocês pegam um copo e como transmitem energia para esse copo, ele pode ter muito mais energia que esses talismãs que utilizam.

São apenas meios complementares, como repito, temos a necessidade de carregar algo físico, palpável, e isso tem grande valor e pode até carregar uma porção vibratória no elemento, mas nada se compara ao próprio campo que gera em torno de ti com sua forma-pensamento, com seu poder realizador, com seu positivismo. Imaginem um local com um cofre onde guardam algo de muito valor, se utilizam esse talismã e não vigiam seus pensamentos, é o mesmo que mandar um guarda desarmado proteger um cofre aberto de um exército de pessoas, o guarda vai conseguir deixar no máximo dois invasores inconscientes, mas acabará morrendo pela quantidade de invasores que perseguirão o cofre, então esse seria o simbolismo daqueles que utilziam o talismã, patuá ou amuleto e acham que já estão protegidos se não andarem com uma conduta ao menos aceitável.

Como sempre digo a vocês, existem diversos meios complementares para nos auxiliar com tudo, amuletos, magias, folhas, banhos, mas serão amplamente mais efetivos o campo energético e espiritual que criam em torno de si, e isso ocorre com bons pensamentos, boas práticas, orações, meditações, tudo o pode elevá-los ao Altíssimo.

Como eu mesmo disse, uma “breve e muito breve” opinião sobre amuletos.

Espero ter contribuído um pouco.

Neófito.

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