Aranuam a todos.
Como estou em uma fase bem diferente da minha vida, e o número de e-mails e perguntas vem aumentando de forma exponencial, decidi escolher as perguntas realizadas com maior frequencia, sendo assim, posso atingir um maior número de pessoas com as respostas, a dúvida de um, com certeza, pode ser a dúvida de vários.
E alguns e-mails me deparei com uma situação extremamente peculiar, do qual alguns centros do RJ liberam a utilização da maconha para as entidades trabalharem. Nem preciso mencionar tamanha confusão em minha cabeça ao ler essas dúvidas e saber que as mesmas podem ser até comuns.
Eu confesso que para redigir esse post, não busquei nenhuma inspiração, aliás, com a correria que eu ando tendo, tá meio complicado me dedicar duas, três horas para isso. Mas focando o post e debatendo com uma irmã que tenho total apreço, vamos lá:
Já é sabido que maconha é considerado droga, assim como o cigarro e as bebidas alcoolicas, só sofre o preconceito da sociedade justamente pelo fato de não ser legalizada e consequentemente nenhuma empresa ganhar dinheiro com isso.
Eu sou totalmente contra maconha, aliás, sou totalmente contra qualquer tipo de psicotrópico, assim como não sou muito fã de cigarro e bebidas alcoolicas dentro dos terreiros, mas acho que dentro de um limite normal, pode ser aceitável.
Sobre a entidade solicitar maconha, é imperativo verificar se essa entidade está realmente firme, pois as entidades possuem grande conhecimento e com isso, grande poder afim de realizar seus trabalhos sem necessitar de artifícios telúricos, densos, além do mais, expor seu medium a uma situação complicada que é a utilização da maconha.
Aliado a esses fatores, fica aquele cheiro insuportável que só a maconha pode oferecer, deixando muitas das pessoas do ambiente constrangidas.
Minha opinião, primeiramente, se for realmente uma entidade solicitando esse artifício, cabe a nós a convencermos de tentar utilizar outro tipo de solução para o trabalho que a mesma está realizando, seja mesmo um charuto, trabalho com fundanga ou até mesmo a mistura de outras ervas.
É sabido que os indios utilizavam a maconha em seus ritos de transcedentalismo, mas eram outros tempos, outras épocas e que hoje a entidade tem pleno conhecimento e poder de utilizar de outros meios para praticar a caridade e consequentemente a entidade não necessita estar em estado alfa para realizar o seu trabalho dentro do terreiro.
Em suma, eu sou totalmente contra e não recomendo a utilização de tais artifícios para a realização dos trabalhos dentro dos terreiros, porque se continuar assim, logo menos espíritos da linha de malandros solicitarão cocaínas, mentanfetaminas e outras drogas psicotrópicas.
Importante salientar que a longo prazo, faz tanto mal quanto cigarro e outras drogas e algo que é fato, essa história que a entidade leva todo o mal causado pelo cigarro ou pela bebida, é ilusão, sempre, sempre ficará uma sequela em sua matéria de quaisquer substâncias utilizadas durante o trabalho mediúnico.
Já vi bons médiuns, aliás, excelentes mediuns terem pequenos problemas pulmonares ou outros sintomas causados pelo fumo e os mesmos, só utilizavam durante os trabalhos, eu mesmo, nunca fumei, só dentro do terreiro que uma entidade ou outra solicitava o cachimbo para realização dos trabalhos.
Importante salientar também que o fumacê, além de ser muito bom em certos trabalhos, atua como efeito “placebo” na cabeça do consulente.
olá, gostaria de saber sobre a história ou lenda, do cabloco Ogum das Matas!
Obrigado
Axé
Muito bom sua abordagem! Gostei de ler que sempre fica resquício no médium das substâncias. Nunca engoli essa história que a entidade leva tudo consigo! Parabéns pelo texto esclarecedor