Saudações Irmãos
O Artigo é para compartilhar uma experiência excepcional que eu tive, não diria que chega aos pés dos contos de Wagner Borges, mas realmente me deixou exalando felicidades.
Sempre acreditei que existe no plano extra físico, locais semelhantes aos vividos no meio físico, isso sempre foi algo que sempre tive comigo, conforme já explanado no Cristianismo (No reino de meu pai há diversas moradas), bem como outras literaturas orientais, como no taoísmo e até mesmo no hinduísmo, tive o privilégio de vivenciar algo que seria difícil descrever…
Primeiramente, João do Coco é um baianinho que eu trabalho, tem por volta de 11 anos, apresenta-se com a tez bem queimada pelo sol, bem bronzeado, chapeuzinho de palha bem pequeno, camisa azul e calça branca, não é porque é um mentor que eu sirvo, mas é de uma simpatia e simplicidade que sempre me encantou, extremamente dócil, fala fina, sotaque puxado, brincalhão ao extremo, ainda não sei o motivo e porque isso aconteceu comigo, mas tentarei relatar a experiência.
Estava no aconchego de minha cama, quando de repente eu apaguei e quando percebi, estava em uma roda de fogueira, todo mundo dançando e cantando, era um local simples, mas carregado de extrema alegria, simplicidade e uma energia indizível, uma vibração contagiante e fantástica, me deparei com pessoas muito simples, porém felizes, nas mais variadas faixas etárias.
Era muito estranho, parecia festa de São João, mas no momento eu não reconhecia ninguém, mas fui convidado a curtir, a vivenciar aquele estado alegre de espírito, muitas piadas, muitos contos, muitas histórias, pessoas que eu mal conhecia, mas fui contagiado por tanta alegria e nem quis saber se conhecia alguém ou não, fui logo me enturmando, aquela fogueira regada a muitas piadas, não me recordo se havia comida, não em atentei ao detalhe, mas me chamou atenção aquela festa, aquele forró comendo solto, o sanfoneiro, o repique, a zabumba, todo mundo alegre, brincando e me recebendo muito bem, do nada, me deparo com o João do Coco, brincando, pegando em minha mão e me chamando para o meio das danças, eu sou um cara relativamente materialista, gosto de frequentar bons lugares, ter um determinado luxo e confesso, sem o mínimo de hipocrisia, sem demagogia, pela primeira vez percebi na pele como conseguimos ser felizes ou ter vislumbres de felicidades com tão pouco, um povo relativamente simples e extremamente amáveis, receptivos.
Diferentemente de outros sonhos que eu obtive, de onde vieram fundamentos, ensinamentos litúrgicos da casa que me foi solicitada, esse foi um sonho que ainda estou refletindo sobre cada momento, ainda vívido em minha memória, a cada instante, tento extrair novas lições que sei que nada acontece por acaso, um deles foi o instante simplista que eu tive, tive um relapso de aprendizado quanto o materialismo em meu cotidiano, a simplicidade daquelas pessoas me encantaram de forma singular, eu ouso dizer que a alegria é inenarrável.
Presenciei de uma ótica privilegiada o modo que muitos de nossos mentores espirituais viveram, principalmente os que ocupam o arquétipo de baianos, mestres, cangaceiros e até mesmo malandros, se realmente ali for um pedaço de Aruanda, quero ser um guia espiritual, Rsrs. Claro que sempre tive comigo que a vida de guias espirituais não é o trabalho exacerbado, aquele fanatismo demasiado e de estar sempre alerta, existe vida após a morte, e, para VIDA eu digo a Curtição, a Alegria, a roda de Amigos, a música, sim, se não foi uma projeção intensiva do meu pré-consciente, o que eu também sempre desconfio, foi uma experiência incrível oriunda de um guia espiritual do qual nada esperei muito além do excelente trabalho que ele presta na linha de baianos.
Alguém já compartilhou de experiências semelhates? Comentem…
Namastê.
Neófito da Luz .’.